terça-feira, 10 de maio de 2011

VENCENDO A DENGUE PELA ESPERTEZA

O'Neill,da Universidade of Queensland,na Austrália,e seus colegas estão testando um novo método de reduzir a
propagação da dengue,um pesadelo crescente nos trópicos que agora apareceu nos Estados Unidos.Ainda que
quase sempre não seja fatal,a dengue pode levar pacientes para o hospital.E ela não tem cura nem vacina.
A estratégia inovadora de O'Neill é vacinar mosquitos em vez de pacientes.Em seu laboratório,com ajuda de um
microscópio funcionários injetam a bactéria Wolbachia piplentis,inofensiva para humanos e comum entre insetos,em ovos de mosquitos Aedes aegypti,principal transmissor da dengue.O'Neill descobriu que a Wolbachia torna o Aedes aegypti imune ao transmissor da dengue.E toda a descendência do mosquito inoculado herda essa imunidade.O método de O'Neill,não vinculado a modificação genética,contrasta com os esforços para controle da dengue que ganharam manchetes no fim do ano passado.Em Dezembro,a companhia
britânica de tecnologia Oxitec liberou.na Malásia,6 mil mosquitos machos geneticamente modificados,para espanto de alguns grupos que manifestaram preocupação com os possíveis efeitos de insetos GM em humanos e
ecossistemas.Os resultados para a Malásia ainda não estão disponíveis.Mas Luke Alphey,cientista-chefe e fundador da Oxitec,prevê que uma liberação anterior de3,3 milhões de mosquitos na Ilha Grande Caimã resultou em redução de 80% na quantidade de A.aegypti.E isso porque muitas fêmeas se acasalaram com parceiros tornados geneticamente inférteis.Os resultados obtidos por O'Neill também são promissores.Testes iniciais demonstraram que cerca de 25% das larvas na população vivendo na natureza estavam infectadas com Wolbachia.Em fins deste mês de Maio,quando termina a estação úmida da Austrália,ele espera alcançar a meta de seu experimento: demonstrar que a Wolbachia consegue invadir uma
população de A. aegypti na natureza.Em caso positivo,ele espera iniciar uma tentativa semelhante no Vietnã no início do verão boreal.

Rebecca Coffey

Matéria retirada da revista Scientific American Brasil
Maio/2011
Ano 9   nº 108
pg. 10

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